terça-feira, 27 de dezembro de 2011

TEÓGNIS:

Frederico Lourenço ( Cotovia 2006) parte da versão de Gerber para, numa  introdução curta, referir o amor homoerótico e a inovação política na poesia de Teógnis. Diria mais aforística, pois o leitor avisado reconhecerá muitos filhos nas máximas do grego: Gracian, Pascal, La Rochefoucauld, Celan etc.
O meu interesse é uma frase de FL sobre a singeleza dos versos banais. As elegias de Teógnis são aforismas  e máximas e , por conseguinte,  terreno livre do respeito à essência radical da forma.
Dois casos: 

um que confirma a banalidade da forma,

Pois o homem subjugado  pela pobreza não pode  nem falar 
nem fazer nada; e a sua língua encontra-se atada.

 e outro que nem por isso,

Não nos cabe considerarmo-nos  homens salvos,
mas uma cidade, ó Cirno,  totalmente saqueada.



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