segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

JE SUIS PARTI:

O Medeiros Ferreira recorda um slogan  de Vichy e eu recordei o que mais me interessa dessa altura: as casacas reviradas.
Não por acaso, tenho trazido aqui  algumas histórias de escritores franceses  filonazis,  fascistas ou petainistas. Foi  gente que nunca negou o seu passado. Já na Libertação,  e na Depuração, a França assistiu a conversões miraculosas. Enfim, o receio de ser atado a uma bomba e largado em Berlim, ou simplesmente   fuzilado, justificava a cambalhota.
O que surpreende  é a mesma cambalhota em tempo de segurança. Li,  no Sábado, no Expresso,  o depoimento de Sousa Tavares sobre ( mais)  um episódio envolvendo Luis Marinho, ocorrido no tempo de Santana Lopes.Como é possível que Pedro Lomba, António Barreto ( que dizia  "Não sei  se Socrates é fascista")  e tantos outros, estejam agora calados, como a nêspera do Mario Henrique Leiria, a ver o que acontece?
Uma das publicações colaboracionistas, a Je suis partout, passou a ser, depois da queda de Vichy, alcunhada  de Je suis parti. Uma boa legenda.

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