quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ESCAVAÇÕES:

A poesia portuguesa, e  a inglesa recente e quase toda  a francesa  depois de Char, Ponge e Vian  (a  italiana é sempre soberba),   sofre barbaridades com os clichés: navios, frutos, rios, nuvens, pássaros, palavras,  etc.
Mário Rui de Oliveira, talvez um pseudónimo*,   em O Vento da Noite ( prefácio de  Eugénio de  Andrade, Assírio, 2002),  não foge à degola e até se esmera com este  betão pré-esforçado: " as palavras  larvares do mais esquecido magma". Como sempre, alguma coisa se aproveita:

"Os minutos de uma espera são, por vezes, a vida".


* Não é (ver comentários).

5 comentários:

Anónimo disse...

Não é pseudónimo: http://religionline.blogspot.com/2010/05/mario-rui-de-oliveira-caruma-e-os.html

FNV disse...

Obrigado. Procuerei e só tinha encontrado referências a dois livros de poesia ( nenhuma pessoal).

henedina disse...

se do magma saí:
"Os minutos de uma espera são, por vezes, a vida". Já valeu a pena.
Hoje aconselharam-me a ida a um psi... eh!eh! Cá vim.

FNV disse...

é bem verdade. qaundo tive um cancro, estava sentado à porta do gabinete das RMN e TAC à espera do veredicto da metástases.
Foi uma vida.

henedina disse...

Não reagi ao seu comentário porque estive fora em trabalho. "Os minutos de uma espera são, por vezes, a vida". Olhe o que a blogosfera se arriscou a perder. Mantenha-se acutilante e vivo.