A poesia portuguesa, e a inglesa recente e quase toda a francesa depois de Char, Ponge e Vian (a italiana é sempre soberba), sofre barbaridades com os clichés: navios, frutos, rios, nuvens, pássaros, palavras, etc.
Mário Rui de Oliveira, talvez um pseudónimo*, em O Vento da Noite ( prefácio de Eugénio de Andrade, Assírio, 2002), não foge à degola e até se esmera com este betão pré-esforçado: " as palavras larvares do mais esquecido magma". Como sempre, alguma coisa se aproveita:
"Os minutos de uma espera são, por vezes, a vida".
* Não é (ver comentários).
* Não é (ver comentários).
5 comentários:
Não é pseudónimo: http://religionline.blogspot.com/2010/05/mario-rui-de-oliveira-caruma-e-os.html
Obrigado. Procuerei e só tinha encontrado referências a dois livros de poesia ( nenhuma pessoal).
se do magma saí:
"Os minutos de uma espera são, por vezes, a vida". Já valeu a pena.
Hoje aconselharam-me a ida a um psi... eh!eh! Cá vim.
é bem verdade. qaundo tive um cancro, estava sentado à porta do gabinete das RMN e TAC à espera do veredicto da metástases.
Foi uma vida.
Não reagi ao seu comentário porque estive fora em trabalho. "Os minutos de uma espera são, por vezes, a vida". Olhe o que a blogosfera se arriscou a perder. Mantenha-se acutilante e vivo.
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