Poupem-me o coito interrompido do ataque à democracia e o psicodrama da guerra civil. Uma vez não são vezes e uma sociedade não pode estar sempre a experimentar as coisas de modo vicariante nos estúdios de TV e nas colunas de jornais. Não esquecer que nos gabamos de uma revolução de Abril que condecorou PIDES e manteve no cargo juizes e procuradores coniventes com anterior regime. Por vezes têm de acontecer stasis se não queremos morrer histéricos.
Por último, outra boa razão. Seria terapêutico ver o que os Zizek fans diriam e fariam uma vez lá dentro.A julgar pelo que escrevem, uma barrigada de riso estaria garantida. Se em vez dessa burguesia blogo-universitária lá entrassem lavradores , operários, cabeleireiras e taxistas, então sim, teríamos um problema.
2 comentários:
andei por lá e pensei o mesmo: mas por que raio não deixam entrar estes meninos/meninas tão giros/giras, armad@s de cartazes e coca-colas (e algumas poucas cervejolas), pràqui a indignarem-se entoando slogans inócuos contra os pobres dos polícias (tantos, tantos, mais que os manifestantes, e pateticamente bem armados para uma 'ameaça' deste calibre)?
brrr
Poupem-me ao coito interrompido dos tumultos de cetim, gajas boas a dizer «filmem, filmem» e gajos armados em tunisinos, egípcios e líbios em directo a partir do ipod de cuecas privativo e libertino, digo eu.
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