Durante todos estes anos, permitiram tudo a Jardim e , pior, com gosto: o homem ganhava eleições. Por outros motivos, o Presidente da AR, Jaime Gama, foi lá homenageado sem se importar com o epidódio vergonhoso do fecho da AR regional, que obrigou Cavaco a receber os deputados num hotel. Regressando ao PSD, MFL passeou com ele enquanto falava de asfixia democrática no continente, num erro de palmatória que na altura assinalei no Mar Salgado. Nenhum líder do PSD teve a coragem de cortar com uma personagem que humilha e intimida os adversários políticos. As vozes independentes, como Pacheco Pereira e Pulido Valente, defenderam-no sempre , achando imensa graça ao estilo politicamente incorrecto, sem se aperceberem de que o estilo de Jardim foi sempre o mais politicamente correcto possível: o poder acima das pessoas.
Quando, antes das cheias, Jardim ultrapassava todas os limites da cobardia nos ataques a Sócrates, o povo não socialista do continente ( enfim, quase todo...) comia amendoins no camarote. Côté argent nem se fala: descontracção e estupidez natural, como dizia o Pedroto.
Agora, em tempos de melão e vinho de tostão, falam em dar a independência à Madeira. É óbvio que tal fala significa apenas o enfado dos fracos. Ainda que o não fosse, agora é tarde, Inês é morta. A intelectualidade conservadora , que andou com Jardim ao colo, tem a obrigação mínima de não deixar cair , outra vez , os madeirenses.
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