terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

AINDA O CARDEAL:

Arrumada a questão da função essencial ( basta perguntar  a uma  mulher  com um  bebé nos braços ), falta discutir  um pormenor  da  urticária que a afirmação do cardeal provocou.
Como sabemos, a ideologia  LGBT postula que um mundo ideal  será aquele em que não existam  machos  e fêmeas.  Como todas as ideologias salvíficas, recusa o passado, radicaliza a linguagem e adora um deus  perfeito.  Partem do princípio que a desgraça  vem toda da dominância masculina, por isso esforçam-se por abolir as marcas. Na parentalidade,  postulam que tanto faz uma criança ser educada por dois  homens, duas mulheres ou por um homem e uma mulher. O ódio patológico aos laços de sangue. travestido de "estudos científicos"*, como na Cientologia,  serve apenas este propósito político.
Ora, a afirmação do cardeal remete exclusivamente para a mãe e isto irritou-os. E esta mãe ( não a do cardeal) não é uma abstracção saída dos departamentos de gender studies nem do palavreado da Donna Haraway:

"As narrativas de origem, no sentido "ocidental", humanista, dependem do mito da unidade original, da idéia de plenitude, da exultação e do terror, representados pela mãe fálica da qual todos os humanos devem se separar ‑ uma tarefa atribuí­da ao desenvolvimento individual e à história, esses gêmeos, e potentes mitos tão fortemente inscritos para nós, na psicanálise e no marxismo ".

Pois. A parola não conhece  o "mito" do bapuka, dos Masai. Chama-lhe separação ...


* Já leram algum estudo científico sobre a parentalidade gay que não enalteça esta variante? Não acham  original, em ciências psicosssociais, tamanha unanimidade?

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