Arrumada a questão da função essencial ( basta perguntar a uma mulher com um bebé nos braços ), falta discutir um pormenor da urticária que a afirmação do cardeal provocou.
Como sabemos, a ideologia LGBT postula que um mundo ideal será aquele em que não existam machos e fêmeas. Como todas as ideologias salvíficas, recusa o passado, radicaliza a linguagem e adora um deus perfeito. Partem do princípio que a desgraça vem toda da dominância masculina, por isso esforçam-se por abolir as marcas. Na parentalidade, postulam que tanto faz uma criança ser educada por dois homens, duas mulheres ou por um homem e uma mulher. O ódio patológico aos laços de sangue. travestido de "estudos científicos"*, como na Cientologia, serve apenas este propósito político.
Ora, a afirmação do cardeal remete exclusivamente para a mãe e isto irritou-os. E esta mãe ( não a do cardeal) não é uma abstracção saída dos departamentos de gender studies nem do palavreado da Donna Haraway:
"As narrativas de origem, no sentido "ocidental", humanista, dependem do mito da unidade original, da idéia de plenitude, da exultação e do terror, representados pela mãe fálica da qual todos os humanos devem se separar ‑ uma tarefa atribuída ao desenvolvimento individual e à história, esses gêmeos, e potentes mitos tão fortemente inscritos para nós, na psicanálise e no marxismo ".
Pois. A parola não conhece o "mito" do bapuka, dos Masai. Chama-lhe separação ...
* Já leram algum estudo científico sobre a parentalidade gay que não enalteça esta variante? Não acham original, em ciências psicosssociais, tamanha unanimidade?
* Já leram algum estudo científico sobre a parentalidade gay que não enalteça esta variante? Não acham original, em ciências psicosssociais, tamanha unanimidade?
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