O Medeiros Ferreira recorda um slogan de Vichy e eu recordei o que mais me interessa dessa altura: as casacas reviradas.
Não por acaso, tenho trazido aqui algumas histórias de escritores franceses filonazis, fascistas ou petainistas. Foi gente que nunca negou o seu passado. Já na Libertação, e na Depuração, a França assistiu a conversões miraculosas. Enfim, o receio de ser atado a uma bomba e largado em Berlim, ou simplesmente fuzilado, justificava a cambalhota.
O que surpreende é a mesma cambalhota em tempo de segurança. Li, no Sábado, no Expresso, o depoimento de Sousa Tavares sobre ( mais) um episódio envolvendo Luis Marinho, ocorrido no tempo de Santana Lopes.Como é possível que Pedro Lomba, António Barreto ( que dizia "Não sei se Socrates é fascista") e tantos outros, estejam agora calados, como a nêspera do Mario Henrique Leiria, a ver o que acontece?
Uma das publicações colaboracionistas, a Je suis partout, passou a ser, depois da queda de Vichy, alcunhada de Je suis parti. Uma boa legenda.
Sem comentários:
Enviar um comentário