sexta-feira, 26 de agosto de 2011

LATHE BIOSAS (IV):

A cultura da  exibição? Nem tanto. Outros tempos foram mais bastos  nesse aspecto. A coreografia do reconhecimento.
Sem darmos  por ela, os antigos contadores do mundo ( os media) já são quase só  pistas de alternadeiras. O que come,  como se copula, quando se depila. 
Nas secções sérias o registo muda pouco. Os actores e os escritores falam de si, das papas da infância, das suas inquietações. Alguns criminosos chegam a ler a própria poesia cheia de pássaros, navios e  dedos. Os políticos  destapam a barriga e encomendam biografias.
Ser amado, ser reconhecido. Já ninguém quer ser temido. Ou, pior,  esquecido.


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