A cultura da exibição? Nem tanto. Outros tempos foram mais bastos nesse aspecto. A coreografia do reconhecimento.
Sem darmos por ela, os antigos contadores do mundo ( os media) já são quase só pistas de alternadeiras. O que come, como se copula, quando se depila.
Nas secções sérias o registo muda pouco. Os actores e os escritores falam de si, das papas da infância, das suas inquietações. Alguns criminosos chegam a ler a própria poesia cheia de pássaros, navios e dedos. Os políticos destapam a barriga e encomendam biografias.
Ser amado, ser reconhecido. Já ninguém quer ser temido. Ou, pior, esquecido.
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