De Ballard ao grande Evola: a violência existe antes da política. Gerações inteiras de europeus estão com saudades de uma boa guerra. Uma a sério. O potencial físico e anímico é enorme, a tecnologia é boa, as condições são perfeitas. Qual montras partidas, qual destruição de carros, qual pedras. É claro que pode ser adiada. Se uma das rectas for a do entorpecimento material e a outra a da periferização dos conflitos, elas só se encontrarão no plutarquiano infinito. E se não?
Não acredito numa desordem cujo útero seja o dos desvalidos. A verdadeira malha só poderá advir daqueles que perdem muito com a anarquia. Dos que perdem os carros, as férias pagas, os plasmas, o emprego seguro. É desses que poderá vir a vontade de tornar o mundo um lugar mais divertido. Muitas certezas de hoje, sobre a educação, a justiça ou a participação democrática, terão de ser reescritas. Já aconteceu antes.
Como nada disto está, para já, no horizonte, regressemos à loucura normal.
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