"Três dias esteve silencioso o antigo castelo. Ao quarto, o novo rei, montado no guapo andaluz, atravessou a cidade com uma sobreveste de almafega branca sobre a cotta de cavalleiro, em signal de luto".
Tirei este pedaço do Odio Velho Não Cança, de Luis Rebello da Silva (segunda edição, 1907), caçado em jorna de alfarrabista. O luto branco de um rei cristão, comum até tarde e hoje impensável, a grafia antiga e pesada ; e, sobretudo, a almafega, uma tecido grosso como o burel.
O que cansa? Os acordos ortográficos. Mais preocupados com a língua sem memória do que com a memória da língua.
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