Este governo, como já repararam, exerce sob condições excepcionais: tudo o que faz de impopular pode ser justificado pelas exigências dos credores. Esta definição explica a famosa tirada marimbista do deputado socialista, que foi, assim, tudo menos extemporânea. Antes pelo contrário, enquadra-se na única estratégia de que o PS dispõe: albardar o governo com o peso das decisões que toma.
Se, num acaso cósmico, o país se marimbasse a sério, seria a melhor coisa que poderia acontecer. O tipo médio, sem dinheiro, transportes, comida, hospitais e outras benfeitorias, poderia finalmente envolver-se no que nos falta desde as guerras liberais: uma verdadeira stasis. Poderia ir casa a casa, distrital a distrital, blogue a blogue, tribunal a tribunal, banco a banco, escritório de advogados-negociantes-legisladores a escritório de advogados-negociantes-legisladores, aldrabão revolucionário a aldrabão revolucionário, ajustar as contas que têm de ser ajustadas.
Sim, seria doloroso no início mas recompensador no final.
2 comentários:
Bom dia Filipe,
Lá chegaremos-
Um abraço
Cuidado, Filipe, olhe que ainda vem ai a Brigada De Transito pedir-lhe contas por estar a promover a rebelião...é que os portais das SCUTS "andam pela hora da morte"!!!
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