"O ódio do czarismo voltou-se sobretudo contra os judeus. Por um lado, estes forneceram uma percentagem particularmente elevada (em relação ao número total da população judaica) de dirigentes do movimento revolucionário. Repare-se, a propósito, que também hoje o número de internacionalistas entre os judeus é relativamente mais elevado do que entre os outros povos. Por outro lado, o czarismo sabia muito bem explorar os preconceitos mais infames das camadas mais incultas da população contra os judeus para organizar, se não mesmo para dirigir ele próprio, pogromes (contaram-se então em 100 cidades mais de 4000 mortos e mais de 10 000 mutilados), esses monstruosos massacres de judeus pacíficos, das suas mulheres e crianças, essas abominações que tornaram o czarismo tão odioso aos olhos do mundo civilizado. Estou a referir-me naturalmente aos membros verdadeiramente democráticos do mundo civilizado, que são exclusivamente os operários socialistas, os proletários".
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