quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

SEMIOLOGIA DA CRISE (VIII):

Era inevitável*. Por um lado, muitos dos  jovens políticos de hoje são da geração do rabo à mostra e do não pagamos; por outro, porque,  ao contrário da cantilena do pensamento  único  sobre  a austeridade, o que existe é isto: a solução fácil, a farronca, a inexistência da mínima forma de espírito colectivo, o ridículo, a desenvoltura retórica de um treinador  de futebol.
Cobrejante, começa a aparecer a figura do inimigo externo responsável  por todos os nossos males. Parece que o pressuposto messiânico ( ou sebastiânico, no nosso caso específico)   foi invertido: em vez da crença grupal  num salvador, a crença num responsável pelas nossas falhas.
Parece, mas não é. O que há é tolice  e efabulação, como ( para rimar ) no mito do Prestes João.


* o tom embevecido ( ele é o "Pedro") como a TSF apresenta a ameaça "de pôr as pernas dos alemães a tremer" combina muito bem com o resto.

Sem comentários: