Frederico Lourenço ( Cotovia 2006) parte da versão de Gerber para, numa introdução curta, referir o amor homoerótico e a inovação política na poesia de Teógnis. Diria mais aforística, pois o leitor avisado reconhecerá muitos filhos nas máximas do grego: Gracian, Pascal, La Rochefoucauld, Celan etc.
O meu interesse é uma frase de FL sobre a singeleza dos versos banais. As elegias de Teógnis são aforismas e máximas e , por conseguinte, terreno livre do respeito à essência radical da forma.
Dois casos:
um que confirma a banalidade da forma,
Pois o homem subjugado pela pobreza não pode nem falar
nem fazer nada; e a sua língua encontra-se atada.
e outro que nem por isso,
Não nos cabe considerarmo-nos homens salvos,
mas uma cidade, ó Cirno, totalmente saqueada.
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