sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

GRAMSCI E OS SINDICALISTAS-BANQUEIROS:

 Referia-se aos sindicatos burgueses, óbvio, que,  mal comparados, podemos  arrumar hoje nos da UGT. Diga-se  que os sindicatos comunistas actuais também interpretam, por vezes, esse papel ( veja-se o caso da Auto Europa).
Gramsci (L'Ordine Nuovo, Outubro de 1919)  considerava-os produtores de  peritos burocráticos  e técnicos, organizações competitivas  ( no qudro capitalista) e não  comunistas:

"(...) Estes chefes tornaram-se banqueiros de homens em regime de monopólio e a menor alusão a uma concorrência torna-os loucos de terror e de desespero (...). Em muitos aspectos, os chefes sindicais representam  um tipo social semelhante a um banqueiro: um banqueiro experimentado, que conhece os negócios com um olhar, que sabe prever com alguma exactidão  as cotações da bolsa e a vida dos contratos ( ...). Um chefe sindical que, em plena confrontação das forças sociais em luta, sabe prever os resultados possíveis, atrai as massas à sua organização, torna-se num banqueiro de homens".

(Escritos Políticos, 1923-1926)

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