Quem cunhou o termo foi Flora , em 1946, no seu La poesia ermetica. Ao longo dos anos fui trazendo alguns erméticos: Luzi, Quasimodo e Gatto. Não me interessa tanto o compromisso moral com um ( vago...) ideal estético e místico ( Hermes Trismegistus, o egípcio alquimista), antes a recusa absoluuuuuuuuta da banalidade quotidiana. Diz-se que o fascismo obrigava ao luogo d'esilio e d'asilo. Seja.
Alfonso Gatto foi esmagado, depois da queda do fascismo, pelos críticos da pureza ermética. Era tempo de massas. Quasimodo, convertido ao realismo vermelho, desprezou o gioco letterario de Gatto. Note-se que Gatto ( 1909-1976), que fundou o Campo di Marte , com Pratolini, foi membro do PC italiano até 1951.
Basta de teoria. Um apaixonante exemplo ermético, o final de Carri d'autunno, publicado em Isola ( 1932), que nem precisa de tradução:
Cosí lontano a trasparire il mondo
ricorda che fu d'erba, una pianura.
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