quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

 O SEU A SEU DONO:

No próximo número  da Ler, menciono a distinção entre o carapau mole e o enjoado. Não fiz a referência à fonte, por isso aqui fica. Ainda vai a tempo:

"Aqui fica o texto que recebi . O peixe seco na Nazaré A tradição de secar o pescado em excesso é de origem pouco conhecida, mas seria a melhor maneira de o conservar para os dias de escassez. Desta forma as peixeiras garantiam sustento para as famílias, mas também lhes permitia ter peixe para vender noutros mercados. As espécies mais utilizadas eram, e são, o carapau (de vários tamanhos), os batuques, a sardinha, a petinga e o cação (leitão = cação pequeno), devido à sua abundância, mas também o polvo. Na Nazaré distinguem-se duas formas de secagem: o peixe seco e o peixe enjoado, com características de preparação e consumo diferentes. O peixe é primeiro amanhado (processo de tirar as tripas), depois é lavado e passado por uma salmoura feita com água e sal grosso (outrora era utilizada água do mar). Por fim é aberto ou escalado, estendido nos paneiros e posto ao sol. A secagem demora entre 2 a 3 dias, dependendo das condições atmosféricas e da temperatura do ar. Este tipo de peixe pode ser comido cru (desfiado), mas é normalmente cozido, acompanhado de batata cozida (com pele) e regado com azeite e vinagre ou sumo de limão e alho picado. O peixe enjoado é preparado da mesma maneira, mas passa apenas 1 dia ao sol, de maneira que fica apenas meio seco ou enjoado."

4 comentários:

António P. disse...

Boa tarde Filipe,
Cá fico à espera dessa crónica sobre o "carapau mole e o enjoado" e para lhe dizer que gostei da 1ª do !Comes, és" da Ler de Janeiro.
E por falar em peixes .
- já comeu alguma vez um arroz de sardinhas ?
A minha Mãe fazia-o de uma forma única e nunca fiquei com a receita e depois da sua morte nunca encontrei ninguém que a conhecesse ou soubesse explicá-la.
Abraço

FNV disse...

António,

Faço de vez em quando. Um dia destes partilho consigo.

Henrique Pereira dos Santos disse...

Para o caso de querer conhecer um bom trabalho do António Alexandre na recuperação do uso de carapau seco (infelizmente penso que com pouca continuidade): http://ilusionistacronico.blogspot.com/2009/05/video-instalacao-peixe-seco.html
Declaração de interesses: António Alexandre é o Chef com quem partilhei o trabalho sobre Sicó que tinha como tema alimentação e paisagem.
henrique pereira dos santos

FNV disse...

Obrigado, Henrique, vou ver e aprender.