O GRANDE SANTOS SILVA:
"Agora
que estou outra vez a tempo inteiro na sociologia, tem-me dado para
imaginar hipóteses corroboraráveis em investigações empíricas. Tenho uma
para oferecer, hoje, a quem quer que esteja interessado em compreender
este facto aparentemente surpreendente: caíram a pique os apoios
públicos à criação artística nas artes do espetáculo (38% de corte nos
apoios pluarianuais, 100% nos apoios pontuais,...
muito menos dinheiro nos teatros nacionais para programação própria e
coproduções) e caiu também a pique a contestação pública, designadamente
dos artistas e suas associações, a esses mesmos cortes.
A hipótese é a seguinte:
A contestação dos artistas à política pública de apoio à criação artística é tanto maior:
1. Quanto maior for o financiamento público envolvido nesse apoio;
2. Quanto mais evidente for o discurso político de defesa desse apoio;
3. Quanto menor for o peso, no discurso dos responsáveis políticos, da estigmatização dos artistas como subsidiodependentes;
4. Quanto maior for a importância concedida, no discurso e na organização dos governos, à cultura;
5. E, "last but no the least", quanto mais estranho for o ou a responsável política ao "milieu".
O que seja o "milieu" é tema que vale uma nova meditação".
A hipótese é a seguinte:
A contestação dos artistas à política pública de apoio à criação artística é tanto maior:
1. Quanto maior for o financiamento público envolvido nesse apoio;
2. Quanto mais evidente for o discurso político de defesa desse apoio;
3. Quanto menor for o peso, no discurso dos responsáveis políticos, da estigmatização dos artistas como subsidiodependentes;
4. Quanto maior for a importância concedida, no discurso e na organização dos governos, à cultura;
5. E, "last but no the least", quanto mais estranho for o ou a responsável política ao "milieu".
O que seja o "milieu" é tema que vale uma nova meditação".
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