Cristovam Pavia, vulgo Francisco Bugalho. Outra vez.
No último número trouxe Corazzini, que trabalhou entre os 17 e os 21 anos. Pavia, diz Fernando Martinho ( o organizador da edição completa), atingiu a maturidade aos 19 anos. Ambos tiveram mortes doentes e dolentes.
Pavia, como Corazzini, é um deprimido profissional. Na "Consolação para um tempo incerto":
Há-de haver sempre meninos a chorar ao pé do cão morto.
A sua poesia domina, no entanto, o temple certo. Quase nunca descamba para a autocomiseração, porque escolhe a síntese, evitando que o poema pareça um garrafão de azeite. Por exemplo, uma tangente bem tirada:
Ter meus dias sempre cinza.
Desfolhar sempre as mesmas flores cansadas.
Dormir.
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