TEORIA (XVI):
Cedros e ciprestes. Um chefe de fila do neoclassicismo italiano e um não-reconhecido símbolo do saudosismo-modernista luso. Trocando por miúdos, líricos do tempo do comboios.
O italiano Carducci, nas Nuove Odi barbare ( 1882):
Solenni in vetta a Monte Mario stanno
nel luminoso chetto aere di cipressi
e scorrer muto per i grigi campi
mirano il Tebro
O português João Lúcio, Na asa do sonho ( 1913):
Uma clareira. Em volta , os cedros a cismar
de hábitos negros como os monges a orar.
Sobre mármore, ao meio, um repuxo cantante
perfurando no ar a coluna brilhante.
Voto em Carducci, no " o ar é quieto em volta dos ciprestes"e em Lúcio, nos "cedros a cismar".
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