LIGA LIVRE (III):
"(...) acarinhemos aquela empresa que tanto posto de trabalho criou por esse país fora.
Antecipo já a lógica utilitarista dos advogados da causa (uma lógica sem cor política): é um grupo português; é uma empresa que está muito barata; financeiramente é muito bom para a CGD, etc. Já vamos conhecendo a lógica, bem como as suas personagens: ou ainda acham que o Sócrates fez tudo aquilo sozinho?"
A lógica que o autor do texto menciona é territorial e geográfica. O corpo de gestores, decisores e ex- governantes que enxameia estas empresas tem sempre um local de partida: o governo. Pode parecer que o teritório e a geografia não riscam nada aqui, mas é o contrário.
O centro lisboeta, e hoje falamos do centro administrativo, reivindica a sua legitimidade pela via eleitoral. Sabemos que essa legitimidade eleitoral , por sua vez, nasce das promessas feitas pelo partido às suas delegações regionais. E sabemos que essas promessas assentam na futura distribuição dos dividendos que o partido, uma vez no governo, se encarregará de cumprir. Pelo meio, delegados flutuantes e transitórios entre empresas geridas pelo Estado e partidos que gerem o Estado. Tudo central.
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