quarta-feira, 4 de abril de 2012

A BERLIM ROSA:

Se a politiquice, dos passarões e da histeria*, interessa tanto como pulga na cama, já a descida de uma cortina de ferro sobre o PS é inquietante. Uma liderança eleita há meses  e já em apuros, um ex-líder auto- exilado e calado, um PSD que governa em splitting esquizóide : o que é mau é da troika, o que for bom é nosso.
Pode dizer-se que o barulho é apenas do grupo parlamentar escolhido pelo anterior chefe. Isso pouco importa se a consequência for a sectorização do partido. A Berlim rosa ficará assim  dividida em sectores. o socrático, o (in) seguro, o franciscano ( de Assis)e o sebastiânico ( de A. Costa).
Também pode dizer-se que é dos livros dos primeiros anos de oposição. É verdade, aconteceu o mesmo no pós-Soares  e no pós-Cavaco.  Uma diferença, no entanto, brilha estelífera:a sectorização depende mais  do resgate do legado da herança anterior, que aparece como um dogma, do que da simples luta pelo poder.
Como é evidente, essa diferença vai obrigar o partido a virar-se para dentro. E nesta altura  isso é muito aborrecido.


* Ver aqui. Sem dúvida. E há mais. Usam o PS como barriga de aluguer, numa espécie de procriação politicamente  assistida.

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