terça-feira, 17 de abril de 2012

TABACO (I):

Para mim, razoavelmente versado e documentado na História da proibição dos narcóticos,  a proibição tabágica apresenta vários aspectos de interesse.
Comecemos  por um voo de pássaro. Tanto o projecto filipino ( a primeira experiência de proibição do ópio na sociedade moderna, uma vez que os éditos imperiais chineses  afectaram parte de uma amálgama feudalizada) como o Harrison Act - e a Prohibition-  assentaram num texto limpo: o objectivo era extinguir um hábito.
Como é sabido, as políticas anti-tabágicas têm apresentado uma configuração táctica diferente: são sempre explicadas como a defesa do não-fumador. É óbvio que,  e já o escrevi muitas vezes, quando se apaga o charuto da fotografia de Chrchill, toda a a gente percebe que a bota não bate com  a perdigota.
Esta táctica leninista  do salame, igual à que os ideólogos LGBT usam ( começam por exigir um mero direito civil, que é o casamento, para depois exigirem os direitos supostamente  conexos, como a da parentalidade),  é tudo menos limpa, claro. Falta saber o motivo da sua utilização.


(cont.)

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