Para mim, razoavelmente versado e documentado na História da proibição dos narcóticos, a proibição tabágica apresenta vários aspectos de interesse.
Comecemos por um voo de pássaro. Tanto o projecto filipino ( a primeira experiência de proibição do ópio na sociedade moderna, uma vez que os éditos imperiais chineses afectaram parte de uma amálgama feudalizada) como o Harrison Act - e a Prohibition- assentaram num texto limpo: o objectivo era extinguir um hábito.
Como é sabido, as políticas anti-tabágicas têm apresentado uma configuração táctica diferente: são sempre explicadas como a defesa do não-fumador. É óbvio que, e já o escrevi muitas vezes, quando se apaga o charuto da fotografia de Chrchill, toda a a gente percebe que a bota não bate com a perdigota.
Esta táctica leninista do salame, igual à que os ideólogos LGBT usam ( começam por exigir um mero direito civil, que é o casamento, para depois exigirem os direitos supostamente conexos, como a da parentalidade), é tudo menos limpa, claro. Falta saber o motivo da sua utilização.
(cont.)
Sem comentários:
Enviar um comentário