quinta-feira, 20 de outubro de 2011

AMO PORTUGAL:

Sentimento  que, parafraseando o melhor misógino de todos os tempos,  partilho com uma enorme quantidade de imbecis meus compatriotas. A ver se entendo:

1) Em 2009, uma avó, divorciada e de casacos antiquados, avisou que não havia dinheiro e que era necessário começar a cortar antes que desse raia. O povo  fez orelhas moucas  ( ver post aí em baixo), bateu recordes de compras natalícias,  os funcionários públicos foram aumentados e o engenheiro ganhou.
2) Passado pouco tempo, a oposição e o José Gomes Ferreira da SIC disseram  que  não queriam cortes, que era um assalto,   que se podia fazer diferente  e despediram  o engenheiro.
3) O dr. Coelho chegou e começou a cortar porque afinal não se pode fazer diferente.
4) O povo indigna-se e diz que assim não pode ser.

3 comentários:

Gustavo disse...

Entre um enganador incompetente e um honesto incapaz, prefiro o segundo.

Ficamos, no entanto, sem saber se a honesta avó seria competente. Dou por mim a pensar o seguinte:
-terá o brilho da sua honestidade e do seu espírito ofuscado tudo o resto (incluindo a sua capacidade)? Sim, porque fui, efectivamente, ofuscado; como está escrito no Abrupto do JPP:“During times of universal deceit, telling the truth becomes a revolutionary act”.

iupi disse...

e assim:
- o que aconteceu em 2009 era parte da estratégia para tentar sair da crise;
- pouco depois, com a ajuda de muitos, houve um assalto ao poder e o engº foi para paris;
- o drº Coelho chegou e começou a governar como sempre quiz e sabe, ameaçando: ou assim ou despedimento caos fim do país;
- o povo indigna-se com tamanha indignidade, com o tamanho polvo, com a pequenez mediocridade de tudo o que lhe querem fazer ser, e diz que não era nada disto que hle haviam dito. e continua a trabalhar.

dromofilo disse...

Entretanto a avozinha, ciente de que uma meia verdade é uma completa mentira e encasquetando que a estória do despesismo é essa meia verdade, critica as projecções macroeconómicas apresentadas pelo ministro das Finanças, o aumento do IRS para os "ricos", o corte nas deduções fiscais e diz que os funcionários públicos são “estruturantes” para o país. Bem prega Frei Aldrabaz, olha prá frente e corre para trás.