Este governo está a entrar numa fase que me suscita simpatia. Esqueçamos a sede do pote, o desaparecimento de ex- dobbermans companheiros de corrida, entretanto refastelados em lugares mornos, as promessas obscenas de campanha. Enfim, esqueçamos o partido e centremo-nos no governo.
É uma unidade política que tem de honrar os compromissos que o país assumiu e tem de o fazer numa situação idêntica à de um homem preso em areias movediças: se se mexe muito, enterra-se, se não faz nada, enterra-se.
Acontece que este governo vai perder , aos poucos, os apoios com que contou no início do processo. Este é um exemplo entre muitos. À medida que os o cortes começarem , de facto, a doer, os figurões zarparão como se o governo tivesse lepra. Não ajuda nada, mesmo nada, o facto de não existir um escol político-intelectual disposto a dar a cara. Nos media e nos blogues, salvo as excepções da ordem, a repesentação é de uma nulidade confrangedora: vinganças, graçolas e redacções escolares.
Por muito que custe ( ou seja, por muito que isso possa beneficiar agendas pessoais), é obrigação de gente sensata ajudar este governo a navegar.
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