O problema não está nas subvenções dos políticos, como não está nas viagens dos deputados, como não está nas ajudas de custo dos ministros. O problema não é o dinheiro, é as pessoas.
Um Rui Sá e um Lucas Pires ou uma Ana Gomes e um Lobo Xavier valeram e valem cada cêntimo que ganharam ou hão-de vir a ganhar, seja qual for a modalidade. O problema é uma classe política empregada da política. Deputados e políticos quase analfabetos, que nunca foram nada fora do círculo partidário e assessores nomeados a metro, que estavam no sítio certo à hora certa, são e serão sempre caríssimos.
É um erro discutir a questão pelo lado das moedas. Acabamos como os herdeiros a cortar a garganta uns aos outros pelo colar da avó. Num tempo em que homens de vida feita abandonavam as suas carreiras para servir o partido ou o Estado, as subvenções e os subsídios eram obrigatórios. Hoje é o tempo em que homens sem vida nenhuma abraçam a política para arranjar uma.
Quando vemos antigos magarefes comportarem-se como nababos, é nosso dever não desesperar. Talvez reler Tácito ( Vida de Agrícola) : A própria memória teríamos perdido com a palavra, se estivesse tão em nosso poder esquecer quanto calar.
3 comentários:
são, para ser perfeito.
E vou andar de bicicleta junto ao mar, tenha inveja.
Não: o verbo "ser", quando representa definição ou identidade pode ( e deve, na minha opinião) ficar no singular.
Tem razão pode ser das duas formas a mim soa-me melhor "O problema não é o dinheiro (as leis), são as pessoas" e como no novo acordo se deve escrever como se fala corrigi como falo.
O problema é não o dinheiro mas as pessoas. Correcto.
Já andei 40 Km, vou voltar enquanto a luz não foge que amanhã a esta hora...
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