sábado, 1 de outubro de 2011

UM DIÁRIO PORTUGUÊS (II):

Chovia   há dois dias e  o artista plástico nunca julgou  ser possível. Depois de tantos anos a vender calhaus rolados a preço de ouro cortado,  para a autarquia embelezar as praças onde mijam os cães, saiu-lhe  uma verdadeira obra de arte. Interrogativa, anti-explicativa e pansexual. Rita, deitada de costas numa cadeira do estúdio, felicitou-o.
- Esta não vais conseguir que ta comprem.
- Pois não. Falta-lhe momentum.
- O que é isso?
- Não copiei bem.

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