quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

ALDEIA NEGRA:

Nemésio é um matorral infinito. Nunca se lê tudo, nunca se tem tudo, nunca se encontra tudo ( eu pelo menos). Por exemplo, muito gostaria  de ver uma  cópia da carta escrita  a Virginia Woolf ( Março de 1937). Côté classificação, felizmente  impossível.
Um pedaço elegante,  contido , perfeito ( voz arredada é a essência da linguagem poética), do Aldeia  Negra, uma aldeia como as que hão-de voltar :

Até que cinza seja
Nosso contorno puro
Como voz arredada,
E a serra nem se veja:
Primeiro, fosco; e escuro
Já na terra deixada.

2 comentários:

João disse...

"..como as que hão-de voltar." Quer desenvolver, caro Filipe? :)

Lembro-me de uma série lá atrás chamada "Um Novo Portugal", ou coisa que o valha..

FNV disse...

E lembra bem. Ainda no outro dia reli um ou dois.