sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O ÂNGULO ERRADO:

O problema não está nas subvenções  dos políticos, como não está nas viagens  dos deputados, como não está nas ajudas de custo dos ministros. O problema não é o dinheiro, é as pessoas.
Um Rui Sá e  um Lucas Pires ou uma Ana Gomes e um Lobo Xavier  valeram e valem cada cêntimo que ganharam ou hão-de vir a ganhar, seja qual for a modalidade. O problema é uma classe política empregada da política. Deputados e políticos quase analfabetos, que nunca foram nada fora do círculo  partidário e assessores  nomeados a metro,   que estavam  no sítio certo à hora certa, são e serão  sempre caríssimos.
É um erro discutir a questão pelo lado das moedas. Acabamos como os herdeiros a cortar a garganta uns  aos outros pelo  colar  da avó. Num tempo em que homens de vida feita abandonavam as suas carreiras para servir o partido ou o Estado, as subvenções e os subsídios eram obrigatórios. Hoje é o tempo em que homens sem vida nenhuma  abraçam a política para arranjar uma.
Quando vemos  antigos magarefes  comportarem-se como nababos, é nosso dever não desesperar. Talvez  reler Tácito ( Vida de Agrícola) :  A própria memória teríamos perdido  com a palavra, se estivesse tão em nosso poder esquecer quanto calar.

3 comentários:

henedina disse...

são, para ser perfeito.
E vou andar de bicicleta junto ao mar, tenha inveja.

FNV disse...

Não: o verbo "ser", quando representa definição ou identidade pode ( e deve, na minha opinião) ficar no singular.

henedina disse...

Tem razão pode ser das duas formas a mim soa-me melhor "O problema não é o dinheiro (as leis), são as pessoas" e como no novo acordo se deve escrever como se fala corrigi como falo.
O problema é não o dinheiro mas as pessoas. Correcto.
Já andei 40 Km, vou voltar enquanto a luz não foge que amanhã a esta hora...