À admiração por uma escrita absolutamente limpa, e pelo esquecimento que lhe é dedicado, um pequeno laço : a sua amizade pelo meu pai.
Num texto sobre todo "o escritor português marginalizado" - sofre biograficamente do complexo do iceberg: um terço visível, dois terços debaixo de água - , Carlos de Oliveira recorda, uma e outra vez, Afonso Duarte, o conimbricense de Ereira ( que já aqui trouxe), aposentado compulsivamente, em 1932, da Escola Normal Primária ( resta-me a poesia, essa ninguém ma tira, dizia ele a Carlos de Oliveira).
Noutro, fala sobre a crise primordial do mundo moderno ( isto nos anos 60) e do receio de um apocalipse pouco espectacular, interno, fundado na tecnocracia - a habituação passiva ao mecanismo - e na idolatria, a sufocante obsessão dos objectos.
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