domingo, 4 de março de 2012

CARLOS DE OLIVEIRA, SEMPRE:

À admiração por uma escrita  absolutamente limpa,  e pelo esquecimento que lhe é dedicado, um pequeno laço : a sua amizade pelo meu pai.
Num texto sobre todo "o escritor português marginalizado" - sofre biograficamente do complexo do iceberg: um terço visível, dois terços debaixo de água - , Carlos de Oliveira recorda,  uma  e outra vez, Afonso Duarte, o conimbricense de Ereira ( que já aqui trouxe), aposentado compulsivamente, em 1932, da Escola Normal Primária ( resta-me a poesia, essa ninguém ma tira, dizia ele a Carlos  de Oliveira).
Noutro, fala sobre a crise primordial do mundo moderno ( isto nos anos 60) e do receio de um apocalipse pouco espectacular, interno, fundado na tecnocracia - a habituação passiva ao mecanismo - e na  idolatria, a sufocante  obsessão dos objectos.

Sem comentários: