sábado, 3 de março de 2012

 PSICOLOGIA DA CRISE (III):

Argentina, 2001. A 30 de Novembro  começa a corrida aos bancos. Fernando de la  Rua, o presidente, impõe um tecto máximo de 1.000 dólares /mês para os levantamentos individuais. A 14 de Dezembro começa o saque de supermercados; a 19,  Domingos Cavallo, o ministro das Finanças, demite-se  e é declarado o estado de sítio.  O presidente cai  a 30.
Esta sequência mostra que as pessoas suportam menos a perda da autonomia do que a escassez. E mostra, também, que o respeito pelas normas, mais do que pelas leis, desaparece quando a autoridade externa se  intromete na vida mais privada que há: a das economias de cada um.
Por fim, as demissões são naturais. Quando as pessoas ditas normais saqueiam depósitos de alimentos, aos chefes da tribo é passado um atestado de impotência. O facho cai.

Sem comentários: