Argentina, 2001. A 30 de Novembro começa a corrida aos bancos. Fernando de la Rua, o presidente, impõe um tecto máximo de 1.000 dólares /mês para os levantamentos individuais. A 14 de Dezembro começa o saque de supermercados; a 19, Domingos Cavallo, o ministro das Finanças, demite-se e é declarado o estado de sítio. O presidente cai a 30.
Esta sequência mostra que as pessoas suportam menos a perda da autonomia do que a escassez. E mostra, também, que o respeito pelas normas, mais do que pelas leis, desaparece quando a autoridade externa se intromete na vida mais privada que há: a das economias de cada um.
Por fim, as demissões são naturais. Quando as pessoas ditas normais saqueiam depósitos de alimentos, aos chefes da tribo é passado um atestado de impotência. O facho cai.
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