Em psicossociologia política (Moscovici, Hollander, etc) fala-se da consistência temporal das acções. A atribuição de credibilidade exige a percepção de que o actor político não muda de propostas consoante as modas.
Dito isto, Passos Coelho, na AR, esteve muito bem: não me afasto do caminho que escolhi. As oposições - incluindo Cavaco Silva - ainda não entenderam que esta posição de Passos é a que melhor lê o campo político actual.
As pessoas comuns - por exemplo, as que nunca entenderão o assunto Lusoponte -sabem que pior do que apertar o cinto é brincar com o cinto. Passos leu bem: os sindicatos estão apertados pelas pessoas, porque, enquanto houver algum, não perdoariam aos chefes sindicais a perda desse algum. O sentimento de estupor lento que se instalou no pais só pede direcção e firmeza. Se Passos começa a recuar acaba no mar.
O problema é que a situação não é de laboratório. Se Passos insistir em reduzir a sua zona de incerteza ( termo de Crozier que pode ser entendido como margem de manobra), o pequeno desvio de amanhã pode parecer uma enorme desorientação. A ver vamos.
O problema é que a situação não é de laboratório. Se Passos insistir em reduzir a sua zona de incerteza ( termo de Crozier que pode ser entendido como margem de manobra), o pequeno desvio de amanhã pode parecer uma enorme desorientação. A ver vamos.
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