sexta-feira, 23 de março de 2012

LIGA LIVRE (I):

Há cinco anos. Polícia, cargas, bastonadas, Rossio-Chiado, Lisboa. O défice cognitivo , o espírito de Jota e o de claque estão de tal maneira que já não se pode pensar: agora são os socráticos que clamam fascismo!, ontem era Sócrates que A. Barreto não sabia se seria fascista.
E é pena que  meia dúzia de jornalistas e senhores professores analistas- os teleguiados e os seus chefes de fila soixante-huitards -  apoiados nos pequeno-burgueses do bairro Alto, que fazem sempre o mesmo com crise ou sem crise, com chuva ou sem ela,  sequestrem uma greve geral e nacional.
Os señoritos portuenses do PSD, agora instalados em Lisboa,  esqueceram a regionalização ( o Vasco Lobo Xavier, em conversa que  suportámos  faz uns meses,  preconizava isso mesmo). Não faz mal, porque a que eles queriam eu não comia nem de cebolada. Pretendo alinhavar outra coisa, sempre com a certeza de que será inútil e sem efeito. Como gosto.
A partida é esta: já que a crise serve para tanta coisa, então que sirva para nos livrarmos do jugo centralista-lisboeta, mas de um jugo que é um arquivo completo e não se limita à centralização da distribuição de dinheiro e decisões administrativas. É também cultural, mediático, mental e simbólico.


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